Sempre que os meios de comunicação compõem os espaços urbanos brasileiros, as favelas fazem parte do cenário, freqüentemente representando o que há de destoante e, por isso, perigoso e ameaçador. Também freqüentemente os elementos usados para representar esses territórios são apresentados em oposição a um padrão estético dominante. Por outro lado as organizações não governamentais muitas vezes lançam mão do mesmo perfil de imagens, mas nesses casos apresentadas como estratégias legítimas para fazer denúncias.
Mas definitivamente faltam veículos que possam reconhecer dois aspectos fundamentais: o potencial de produção e de consumo e as possibilidades e diversidades estéticas das favelas. A revista Diálogo Urbano, revista que circula por diversas favelas da cidade do Rio de Janeiro, é um bom exemplo de como combinar uma visão de mercado desses territórios com design cuidadoso e apurado. O mais interessante é que não é uma proposta de uma ONG, é uma iniciativa da agência de comunicação que leva o mesmo nome e viu a favela considerando seu comercio, seu potencial econômico, seus pequenos e médios empreendedores e uma gente bonita e talentosa, mesmo sem fantasia de carnaval, que cada vez mais pode e quer consumir.
As matérias mostram empresários locais (representados por restaurantes, quituteiras, artesãos) ações sociais, cultura, lazer e temáticas diversas que possam interessar aos moradores locais. E o melhor, a revista vive da venda de anúncios. Anúncios de empresas que já acordaram para a importância e valor desse mercado consumidor. Para saber mais: http://www.dialogourbano.com.br/
quarta-feira, 24 de março de 2010
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